Epíteto: A Arte de Viver
Epíteto nasceu escravo por volta de 55 d.C. em Hierápolis, Frigia, no extremo oriental do Império Romano. Seu mestre Epafrodito era secretário de Nero. Desde muito jovem Epíteto tinha um talento intelectual bem diferenciado; Epafrodito ficou tão impressionado que o mandou para Roma estudar com um famoso professor estoico chamado Gaio Musônio Rufo. As obras de Rufo escritas em grego, contêm argumentos a favor da educação igual para mulheres e homens, também era contra o critério moral que permitia mais liberdade sexual ao homem do que à mulher no casamento; Epiteto e seu espírito igualitário pode ter sido alimentado pelas ideias de Rufo naquele período. Epiteto tornou-se o melhor aluno de Rufo e com isso foi libertado da escravidão.
Imagens: Epiteto (esquerda) e seu Professor Gaio Musônio Rufo (direita)
Epiteto ensinou em Roma até o ano de 94 d.C., quando o imperador Domiciano, sentindo-se ameaçado pela influência crescente dos filósofos o expulsou de Roma. Passou a viver exilado em Nicópolis na costa noroeste da Grécia, onde fundou uma escola filosófica e passou os dias fazendo palestras sobre como viver com dignidade e tranquilidade. Teve muitos ilustres alunos e o principal deles o jovem Marco Antônio, que mais tarde tornou-se governador do Império Romano e também escreveu suas famosas Meditações, cujas raízes estoicas vinham da doutrina moral de Epiteto.
Epiteto praticava exatamente o que pregava: vivia modestamente numa cabana pequena e não tinha interesse em adquirir fama, fortuna ou poder. Ele acreditava que a principal meta da filosofia era ajudar as pessoas comuns, enfrentarem positivamente os seus desafios cotidianos e lidar com as inevitáveis grandes perdas, decepções e mágoas da vida. Seus ensinamentos morais eram despojados de sentimentalismo, falsa devoção religiosa ou mistificações representativas. Daí resultou o mais admirável manual escrito por ele, para se viver uma vida melhor o chamado "A arte de viver." Morreu por volta de 135 d.C.
Se você gostou desse Post, te indico assistir o vídeo abaixo, onde a Profª Lúcia Helena Galvão, Filósofa voluntária na Nova Acrópole comenta sobre Epiteto e sua bela obra
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