Friedrich Nietzsche - Humano, demasiadamente humano
Friedrich Nietzsche (1844 – 1900), como Bento Espinosa (1632 – 1677) – de quem foi leitor entusiasmado – fez de sua filosofia uma afirmação da vida, da vontade de viver. Em torno desse núcleo ele desenvolveu um pensamento demolidor em relação à tradição, em todas as suas manifestações: moral, religiosa, científica, filosófica. Para Nietzsche, todas elas deram sua contribuição para oprimir o ser humano das mais diversas maneiras.
Suas críticas à tradição não se limitaram, porém, ao conteúdo da filosofia que produziu. Elas também se apresentam no aspecto formal dessa produção. Nietzsche não elaborou um sistema filosófico no sentido tradicional do termo. Seus textos, de reconhecido valor literário, são, em parte, fragmentados. Pode-se dizer que Nietzsche fala por aforismos, sem a preocupação de elaborar conceitos e encadeá-los. Mas esses fragmentos compõem uma unidade, uma filosofia de novo tipo, liberada das amarras do encadeamento de razões.
Nietzsche é tão importante quanto Marx, Freud e Einstein na evolução do modo como as pessoas pensam no século XX e XXI. Com a entrada na modernidade há o que Nietzsche chama de “a morte de Deus” e com isto o enfraquecimento das certezas morais e intelectuais. O que é certo e o que é errado? O que é bem e o que é mal?
A igreja era o árbitro da moral, a guardiã da verdade moral. Hoje não somos mais determinados por forças exteriores, a vida é algo para ser construído e somos responsáveis por isto. A filosofia de Nietzsche não é um guia para quem pensa como ele, mas sim um guia para quem pensa por si mesmo. Ele nos incita a pensar.
A BBC produziu um documentário da série ” Humano, demasiado humano ” tem 48 minutos de duração e é uma boa oportunidade para conhecer melhor Friedrich Nietzsche, sua vida, suas contradições, desejos e posicionamentos.
Documentário “Nietzsche, humano demasiadamente humano”
Se você gostou desse Post também te indico Nietzsche vai ao cinema
Comentários
Postar um comentário